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Mudando de assunto…



Decidi me apresentar de forma mais formal, mas ainda assim sem perder a leveza. Afinal, falo tanto sobre “humanizar relacionamentos” na era da inteligência artificial e dos chatbots, que seria incoerente soar como um robô. Mas calma lá, detesto autopromoção.

Apesar de esse tema ser constantemente debatido, sobre posicionamento de imagem, marca pessoal, como se destacar, agregar valor e alcançar pessoas “relevantes”, confesso que sempre tive uma grande insegurança. Para você ter uma ideia, este blog levou mais de oito anos para sair da minha imaginação e virar realidade.

Desde o início, o objetivo aqui sempre foi um só: agregar valor, independentemente da “relevância” de quem consome o conteúdo ou de quem vos escreve.

O mercado financeiro sempre foi, sim, uma máquina de fazer dinheiro, desde que você entenda o jogo e tenha disciplina. Seja você um investidor iniciante, um curioso, ou alguém que, como eu, deseja migrar para essa área. Já adianto que não foi nada fácil, especialmente porque comecei tarde.

Quando comecei a pensar em investimentos, muitos anos atrás, eu havia acabado de ter minha primeira filha. Trabalhava em cargos medianos, em empresas medianas, e até então me sentia realizada com o estilo de vida que meu salário modesto me permitia. Não tinha dívidas, dava para curtir um passeio de fim de semana, e tudo bem.

Mas havia algo que sempre me incomodou: tive uma infância difícil, contando moedas e passando por perrengues que nenhum pai ou mãe deseja ver seus filhos enfrentarem. E foi justamente isso que acendeu em mim a vontade de investir, não apenas dinheiro, mas tempo, esforço e aprendizado, para garantir o futuro da minha filha. Algo que eu não tive.

Sempre fui autodidata. Cerca de 90% do que sabia até então aprendi sozinha, nos livros, nas madrugadas dentro da biblioteca municipal — que, aliás, era meu passeio favorito. Curiosa desde sei lá quando, sempre tive aquele “arsenal de cultura inútil” para puxar conversa. Mas, entre leituras aleatórias, às vezes eu esbarrava em assuntos que mudavam tudo. Foi assim com os investimentos.

Acabei me apaixonando. No trabalho, só falava disso. Estudava madrugada adentro, conheci o day trade — uma paixão pessoal da qual não aceito críticas. Fiz muitos cursos, decidi migrar de carreira e dedicar tudo a isso. No fundo, sempre tive o anseio de ajudar pessoas como eu: sem uma formação acadêmica privilegiada e sem acesso ao mundo financeiro, mas com sede de criar estabilidade para si e para os seus.

Estudei mais de quatro anos. Conheci pessoas incríveis. Fiz provas do CEA, do AAI… e não passei. Mas não me frustrei. No meio do caminho, conheci a Bankers Academy, um programa riquíssimo, algo que jamais imaginei estar ao meu alcance.

Depois da inscrição, vieram nove etapas online, com conteúdo denso e essencial para quem deseja entrar no mercado financeiro. Fui selecionada entre mais de 700 inscritos para o Watchlist, depois entre os 60 para entrevistas, e finalmente entre os 25 para a etapa presencial — uma imersão surreal, uma simulação real das demandas de uma instituição financeira em nível júnior. Apresentações semanais, pressão, aprendizado prático e vida real.

Como tudo que é bom dura pouco, cá estou eu, desejando que mais pessoas tenham essa mesma chance. No fim, coloquei tudo isso em prática. Desta vez, na vida real. Ativei meus contatos e fui contratada por uma instituição que estava entre as duas onde eu sonhava fazer carreira.

Nem todos terão as mesmas oportunidades, mas todos têm as mesmas possibilidades.

O sonho pode parecer distante para alguns, e o caminho pode ser mais difícil — mas ele é, sem dúvida, o mais enriquecedor. Escolha o caminho difícil. Só não se esqueça de que, em qualquer lugar, as pessoas são o motor daquilo que realmente vale a pena.

Por aqui, os conteúdos vão melhorar cada dia mais, conforme novos aprendizados surgem. Meu propósito é compartilhar conhecimento acessível, descomplicar as finanças e trazer tranquilidade financeira para todos.
Vamos juntos desmistificar a ideia de que “isso não é para você”. Porque é, sim.

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